2 de junho de 2010

Hexyz Force, novo jrpg para PSP

Hexyz Force 

Plataforma - PSP
Gênero - JRPG
Para - 1 jogador
Desenvolvedor - Sting!
Distribuição e localização - Atlus
Lançamento JP - 12/11/2010
Lançamento EUA - 25/05/2010













Se existe uma produtora e desenvolvedora de jogos que admiro e ostento paixão, essa seria a Atlus. Poderia usar de incontáveis linhas exteriorizando meu amor infindável por uma porrada de jogos deles, mas existe um outro motivo que faz com que esse amor seja (se é que é possível) maior ainda: a Atlus USA é a MELHOR localizadora do ocidente. E ponto. Não só traduz magistralmente os jogos que sua aliada nipônica produz, mas também traz para o ocidente toda uma orla de jogos de desenvolvedores japas menores. Para citar alguns exemplos: Demon's Souls (que é desenvolvido pela From Software), Disgaea (o primeiro de PS2, quando a Nippon Ichi ainda não era forte no ocidente), Magna Carta (da pequena, ocidentalmente falando, Banpresto) e por aí vai.

E eis que somos agraciados mais uma vez pela digníssima Atlus USA, agora trazendo o título da desconhecida (para muitos) Sting!, Hexyz Force. Já me dediquei muito a alguns jogos da Sting!, como o remake de Baroque para PS2. Gostei muito e é uma pena que a versão original para Sega Saturn, que é muito mais esquisita e difícil, só tenha sido lançada em japonês.


Hexyz Force logo de cara exibe todas as características do mais tradicional dos jrpgs (e ah, como tudo isso aqui, e tudo que escrevo, se trata meramente da minha opinião pessoal, cabe colocar que sou bastante fã desse gênero): FMV em anime, música jpop cantada, protagonistas, coadjuvantes e antagonistas em diversas situações, e por aí vai. Lindos os animes, devo ressaltar. Combinados a um excelente (mais uma vez) trabalho de dublagem da Atlus USA, tudo fica ainda melhor. Momentos chaves no enredo são sempre enfatizados com boas atuações dos dubladores.

Hexyz Force oferece um elemento que me atraí muito, que é, de princípio, a seleção de dois protagonistas (acho que desde Star Ocean 2 não me deparava com essa opção). Optei por jogar com Levant, já que um amigo está jogando com Cecilia e me disse que, apesar de estar gostando, ela tem uma visão muito light-hearted (numa tradução quase literam - aham - uma visão fofa) dos eventos. Levant é bastante sério e consegue se fazer entender bem. O enredo se desenvolve de maneira diria, leviana, já que ele sabe bem quais são seus objetivos. Outro ponto que gosto bastante é quando nos é dada opção de resposta em momentos-chave da narrativa, e aqui isso acontece com uma certa frequência, e desvia mesmo o transcorrer da história. Creio que existam diversos finais, dado esse elemento. É bem interessante como tudo é mostrado, e a história mostra como Levant tenta resolver problemas entre raças que outrora viveram em harmonia.

Os gráficos são coloridos e, apesar de sermos apresentado a cenários pouco criativos, se nota o esforço em sua criação. O character design é competente. Eu gostei. Nada mais pessoal que isso, creio. Pois então já vos digo: os não amantes da arte amarelíssima já consagrada e até mesmo desgastada no decorrer de muitos e muitos anos, mantenham distância. Aliás, alguém que não curta cultura japonesa conseguiria se divertir com algum jogo de jrpg? As músicas são orquestrada e misturam esse elemento erudito com modernidades eletrônicas. Não me lembro de ter me cansado de nenhuma música, honestamente. Especialmente a de batalha que, todos nós, fãs do role playing japonesístico, sabemos que pode vir a irritar daí umas duzentas e tantas horas de jogo.
Existem sistema peculiares em Hexyz Force, como o fato de não haverem lojas e existir, por parte da engine de jogabilidade do jogo, uma forte ênfase na criação de itens. O sistema de batalhas é em turnos e você customiza seu arsenal de armas. O jogo se torna bem mais fácil se você conseguir equipar o conjunto de armas certas no personagem certo. Ao final de cada batalha, somos recompensados com FPs (Force Points) que é a, digamos, "unidade monetária" do jogo (as aspas porque não existem lojas e afins). Com FPs cria-se itens, novas armas e equipamentos. Ah, um lance característico de wrpgs - e pouco comum em jrpgs - é o fato das armas e armaduras quebrarem. Isso força ainda mais o jogador a criação e manufatura de itens. É algo que tira a linearidade das batalhas e torna a jornada mais agradável. Acredite. Sou amante de listas e tabelas nesse tipo de jogo, e não fiquei decepcionado. Outro ponto que vale a pena ressaltar é o fato de não existirem batalhas randômicas. Sei que tem muita gente chata por aí que não curte isso (por mim é indiferente), então esse aqui é pra vocês: os inimigos aparecem na tela e é possível evitá-los.
E é isso, ó ávido fã de jogos de rpg: se você é daqueles manés que dizem que o PSP não tem bons rpgs, engula esse aí. Jackass. Acho que nem preciso dizer aos fãs do gênero que algo de qualidade, e peculiaridades, o esperam.




Pontos Positivos :)


- Duas storylines distintas, que trazem elementos distintos e dificilmente se cruzam;
- Sistema de criação de itens e equipamentos eficaz e gostoso de usar, que torna a jogabilidade mais diversificada;
- Tamanho ideal; cerca de 30 horas de main story (para cada protagonista, creio).

Pontos Negativos :(

- Mais um rpg feito para portátil mas pensado para se jogar em casa. Sistema de save ruim. Existem os save points, mas nada de quick saves, ou seja, você, trabalhador, que costuma jogar pelos caminhos da vida, se verá refazendo várias dungeons;
- Estilo genérico dentro do próprio gênero.